terça-feira, 2 de setembro de 2014

São as centenas de perguntas que não faço, ou são as poucas que me atrevo a fazer?
Que intuito me leva a massacrar-me, a desejar cada segundo de tortura?
Quem és tu, borboleta que esvoaça a meu redor? De onde vens, que essencia tens?
Tu que com tua elegante deselegancia me roubas o olhar e a atenção que eu deveria dar a fosse o que fosse que não tu, tu que nem sabes quem sou ou notas que existo aqui, que me atiras com migalhas da tua atenção sem reparares que aqui estou de verdade, que há vida atrás do vazio olhar de dor e solidão.
Há vida? Há mesmo?
Há vida dentro desta tempestade de luz e trevas onde o caos e a ordem se confundem e se misturam? Silenciados na musica os gritos de dor, haverá realmente algo que ainda recorde sentir e viver por trás da máscara? Está a máscara viva agora? E quem raios és tu e que diabos vês tu? Vês? Vês mesmo? Não, não vês, ou vês sem ler, porque não sabes ler os simbolos alienigenas que diante de teus olhos se demonstram, mesmo com a chave contida no proprio puzzle...
Muralhas de logica e arcanas defesas desfeitas num olhar.
E doi por dentro a cada segundo, e pego a folha marcada de circulos estranhos em algumas partes e queimo-a na vela que uso para iluminar a minha caneta na sua viagem pelas linhas, enquanto a minha mente tenta traçar uma imagem que vê mas não sabe desenhar.
Odeio.

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