domingo, 7 de julho de 2013

Pensamentos num domingo, ao som da radio, tarde demais para se estar a pensar.

Sinto-me triste. Magoado. Sinto-o porque presumi que realmente tivesse existido uma ligação, uma quimica em comum, uma comum vontade de conhecimento do outro, um desejo de ver e sentir
e saber mais.
Sinto-me desiludido. Pensava termos falado. Pensava que existia algo planeado. Pensava que valia a pena ter trocado folgas e ter faltado num dia em que nao precisava ter faltado dado
estar de folga, devido a greve que nao me afectaria nao tivesse eu virado do avesso vida e rotina para poder passar algumas horas contigo.
Afinal, haviam sido palavras vãs.
Doeu.
Não muda nada. Continuamos a ser o que sempre fomos. 
Colegas na distancia e parceiros nalgum momento de maior necessidade de desabafo.
E assim ficamos.
E eu que te desejo e quero, fico e espero e disponho a minha presença, mesmo sem esta ser necessaria ou desejada.
Disponho os meus olhos para te ler e exponho quando posso meus ouvidos à melodia da tua voz, mesmo que nao seja a mim dirigida.
Ouço e deliro com o quão belo seria ouvir a tua voz murmurar ao meu ouvido...
Ouço e sonho...            
E o sonho serve apenas para criar esperança num futuro imaginario que jamais irá realmente existir, mas que mascara a solidão do dia que termina na espera de uma palavra ou de um gesto
que não vem nunca, até que as palpebras finalmente desistem e o corpo se arrasta finalmente para a cama, exausto de esperar de ti um gesto ou um sorriso ou um simples olhar.
E a esperança torna o amanhã ainda mais longo de passar porque mais uma vez a incerteza de que a minha existencia seja sequer reconhecida por um anjo de voz melodica e mente livre que 
existe algures fora do meu alcance.
E espero, e sonho e tenho esperança em que amanhã seja diferente, mesmo que nunca o seja.

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