Refugiaram-se na sala do fundo do café do costume, acompanhados de dois cafés, oferta da dona Céu, porque "ambos pareciam precisar".
Começaram um jogo de pool, bola 9, ainda em silêncio, despejando os cafés e acendendo um cigarro cada um. Dentro de ambos havia tanto a dizer, tanto a perguntar que nenhum sabia bem por onde começar.
Diogo quebra o silêncio após um rápido final de jogo da parte de John, sem ter feito uma tacada.
- Porque me beijaste?
Diogo abre o jogo, colocando a bola 7 num dos buracos do fundo.
- Porque respondeste?
Diogo taca a bola 1 para um dos buracos centrais.
- Foi instintivo.
Bola 2 e 5 aos buracos do centro.
- Gostaste.
Bola 8 no buraco do centro.
- Não sei.
Bola 9 no buraco do centro. Diogo ganha.
- Não era uma pergunta.
- Sim, gostei.
- Gostas de mim?
- Passaria tanto tempo contigo se não gostasse?
- "Naquele" sentido?
- Qual sentido?
- Tu sabes...
- Não sei de nada. Explica-te.
- Se gostas de mim como algo mais do que amigo.
- Gosto de ti como o meu melhor amigo, como de um mestre, como de um exemplo a seguir. Eu não costumo pensar em termos romanticos.
- Mas tu reagiste. Gostaste.
- Sim. Que queres que te diga a isso?
- Quero que me digas a verdade, Diogo.
- Que verdade?
- É como tentar falar com um computador, irra. Gostas de mim? Merda mais as perguntas formais, Jace. Gosto de ti. Sim, gosto de gajos.
- Não tinhas tido namoradas?
- Tive. O que mais ainda ajuda a saber. Não sinto nada por mulheres. Apaixonei-me por ti aos poucos. Desde aquela tua apresentação que me ficaste marcado. Colei-me a ti devido a ela, e tu fizeste-me gostar, adorar, tudo o que és.
- Tretas. Sou só um puto.
- Jace, tu estás longe de ser puto. Disseste que me vês como mestre, mas na verdade ensinaste-me imenso.
- Estás só frágil devido ao acidente.
- Alguma vez te esbofetearam?
- Não. Normalmente levo mesmo murros.
John foi rápido demais para as defesas em modo passivo de Diogo. Este sentiu o impacto da chapada uma fracção de segundos depois de se aperceber do gesto de John.
Ainda se estava a aperceber da dor quando sentiu o sabor dos lábios dele nos seus. Fechou os olhos e entregou-se sentindo-se envolvido num abraço que de imediato devolveu, todo o turbilhão de pensamentos roubado da sua mente pelo desejo e o prazer que o beijo de John lhe proporcionava.
Olhos fechados, ignoraram a silenciosa e inesperada testemunha da sua entrega ao desejo em seus corpos e almas.
Só após minutos se separaram, e apenas aí Diogo perguntou:
- Jace?!
- É melhor que marrão. E o nome é a tua cara.
John iluminou o seu rosto num sorriso derretido. Diogo ponderava a questão.
- Jace. Gosto. Jace. Eu sou o Jace. Todos deveríamos definir quem somos. Sou o Jace. Gosto de ti, John.
Beijaram-se de novo.
O mundo continuava o mesmo, mas eles haviam mudado.
Começaram um jogo de pool, bola 9, ainda em silêncio, despejando os cafés e acendendo um cigarro cada um. Dentro de ambos havia tanto a dizer, tanto a perguntar que nenhum sabia bem por onde começar.
Diogo quebra o silêncio após um rápido final de jogo da parte de John, sem ter feito uma tacada.
- Porque me beijaste?
Diogo abre o jogo, colocando a bola 7 num dos buracos do fundo.
- Porque respondeste?
Diogo taca a bola 1 para um dos buracos centrais.
- Foi instintivo.
Bola 2 e 5 aos buracos do centro.
- Gostaste.
Bola 8 no buraco do centro.
- Não sei.
Bola 9 no buraco do centro. Diogo ganha.
- Não era uma pergunta.
- Sim, gostei.
- Gostas de mim?
- Passaria tanto tempo contigo se não gostasse?
- "Naquele" sentido?
- Qual sentido?
- Tu sabes...
- Não sei de nada. Explica-te.
- Se gostas de mim como algo mais do que amigo.
- Gosto de ti como o meu melhor amigo, como de um mestre, como de um exemplo a seguir. Eu não costumo pensar em termos romanticos.
- Mas tu reagiste. Gostaste.
- Sim. Que queres que te diga a isso?
- Quero que me digas a verdade, Diogo.
- Que verdade?
- É como tentar falar com um computador, irra. Gostas de mim? Merda mais as perguntas formais, Jace. Gosto de ti. Sim, gosto de gajos.
- Não tinhas tido namoradas?
- Tive. O que mais ainda ajuda a saber. Não sinto nada por mulheres. Apaixonei-me por ti aos poucos. Desde aquela tua apresentação que me ficaste marcado. Colei-me a ti devido a ela, e tu fizeste-me gostar, adorar, tudo o que és.
- Tretas. Sou só um puto.
- Jace, tu estás longe de ser puto. Disseste que me vês como mestre, mas na verdade ensinaste-me imenso.
- Estás só frágil devido ao acidente.
- Alguma vez te esbofetearam?
- Não. Normalmente levo mesmo murros.
John foi rápido demais para as defesas em modo passivo de Diogo. Este sentiu o impacto da chapada uma fracção de segundos depois de se aperceber do gesto de John.
Ainda se estava a aperceber da dor quando sentiu o sabor dos lábios dele nos seus. Fechou os olhos e entregou-se sentindo-se envolvido num abraço que de imediato devolveu, todo o turbilhão de pensamentos roubado da sua mente pelo desejo e o prazer que o beijo de John lhe proporcionava.
Olhos fechados, ignoraram a silenciosa e inesperada testemunha da sua entrega ao desejo em seus corpos e almas.
Só após minutos se separaram, e apenas aí Diogo perguntou:
- Jace?!
- É melhor que marrão. E o nome é a tua cara.
John iluminou o seu rosto num sorriso derretido. Diogo ponderava a questão.
- Jace. Gosto. Jace. Eu sou o Jace. Todos deveríamos definir quem somos. Sou o Jace. Gosto de ti, John.
Beijaram-se de novo.
O mundo continuava o mesmo, mas eles haviam mudado.
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